domingo, 7 de fevereiro de 2010

:: A Amiga ::


Antes de continuar essa história só queria falar uma coisa, a turca tem nome, e se chama Fátima!
Um nome bem português por sinal. Talvez esse seja apenas mais um de seus mistérios.
Bem, o que sei, é que depois do chororô todo, ela dormiu duas noites fora. No terceiro dia, já de noite, ela apareceu junto com a primeira amiga [a que dominava minha parte quando cheguei]. Entraram no quarto e, como sempre, estavam muito a vontade. Porem, a turca tinha a expressão triste, de quem acabou de chorar. Minha curiosidade analisava todos os movimentos. Eu tentava disfarçar. A amiga tentava contornar algum mal estar. E a turca dobrava alguns papeis em branco como se fossem de cartas. Em pouco tempo foi tomar banho [o que não acontecia com muita frequência]. Na volta, senti que ela se esforçava para sorrir, não demorou muito, começou a arrumar algumas roupas na mala. Me coçava inteira, tamanha a curiosidade que me consumia. Mil possibilidades me passavam em mente. Mas sei das minhas condições/dom para dramatizar tudo, então tentava me aquietar focando em uma realidade sem muita graça e bem previsível pros fatos.

Naquele final de semana continuei sozinha. Passados mais três dias ela voltou. [minha convivência com a turca teve "ciclos", no qual, o número três sempre esteve presente]. Voltou de manhã, passou o dia com a amiga na cozinha, faziam comida, conversavam, davam risadas, navegavam nos laptops. Sem dúvida os ânimos estavam melhores. Lá pelas tantas a turca abre a porta do quarto e sem falar nada me entregou um prato com sanduiche, tentei recusar, mas ela insistia. Aceitei pra não fazer desfeita. Talvez fossem os primeiros passos de uma comunicação. A princípio achei generoso da parte dela. Depois imaginei que fosse uma forma de retribuição, [à tarde ofereci trident e a minha cadeira pra sua amiga sentar]. Mas por fim acho mesmo que era ela tentando me agradar. Foi anoitecendo, elas pegaram o edredom e se acomodaram no sofá de uma das salas de convivência. Duas horas da madrugada, a turca voltou pro quarto, deitou na cama, deu boa noite e dormiu. As quatro, a amiga entrou no quarto, deitou junto com a turca deu boa noite e TAMBÈM dormiu.

Realmente aquela cena me deixou sem reação. Não conseguia nem supor o que poderia significar tudo aquilo. Só me lembrava do Sérgio e roubava os pensamentos dele pra mim. [Ele sempre acha que o mundo é gay ou lésbico, ou seja, vou fica pra titia]. Me parecia muito óbvio pra ser verdade, mas se fosse, parecia muito ousado. No dia seguinte convivemos as três em um quarto com menos de 10m². À noite, o que parecia irreal, se repetiu. Mas dessa vez, mais cedo, sem muita tática, sem tentativas de agrados, sem constrangimentos, com risadas, conversas e um boa noite conjunto. Tentava evitar dar razão ao Sergio, afinal, ainda preciso ter esperanças de casar e ter filhos. Não acho justo TODOS os homens lindos e agradáveis desse mundo, se amarem. Há de sobrar um pra mim! [Se possível, podia sobrar outro pra San, pra Carol, pra Nara, pra Anita... mas só se possível, rs.] Enfim, após minha crise com os pensamentos Sergianos, me dei conta que no dia seguinte estava de partida pra Lisboa. Com o território livre, só imaginava o que poderia acontecer. Sem ter outra opção, resolvi dormir também.

Acordei cedo, havia marcado de almoçar lá com o Alex. Assim que voltei do banho, a turca estava de pé. Porem a amiga ainda dormia. Dividir quarto é trabalhoso. Existe sempre a preocupação de respeitar o sono alheio. Não fazer barulho é quase um dom. Tentei resolver primeiro o que podia fora do quarto. Chegou um monento que não havia mais o que fazer, e eu me vi junto à turca, as "donas" do quarto, com a cortina ainda fechada, a luz ainda apagada e em total silêncio pra não acordar.... a "visita". Comecei a refletir o quanto eu realmente queria continuar sendo "simpática" ou o quanto seria mais divertido chegar logo em Lisboa. Antes que eu pudesse escolher a amiga acordou. Fiz minha mala em segundos [como nunca na vida consegui] e deixei minha cama à sorte do destino.
Logo que sai do elevador, no térreo, antes que eu pudesse desejar um bom dia, o Sr. Carlos me interrompe perguntando se a Fátima já havia ido embora. Tudo ficou confuso e apenas respondi que não. Mas já começou a arrumar as malas? Insistiu. Neguei novamente. Logo revelou que aquele seria o último dia dela.
Confesso que não sabia se ficava triste ou feliz.
Foi um começo sem encontros, encontros sem começo, vários desencontros, e um final sem despedidas.
Talvez devesse mesmo ser assim.

E eu que estava até gostando dos mistérios turcos, voltei e encontrei tudo vazio. Os mistérios? Sérgio explica.

10 comentários:

  1. Aaaaaaaaahhhhhh não creio q a turca se foi sem descobrimos nada!!! E vc, tb não ia se mudar?
    Bjinhos, Aninha (da Fê)

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  2. ?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
    Bjs

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  3. choque q a turca se foi! já tava considerando ela uma amiga virtual!!! kkkkk

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  4. Só tenho uma coisa a dizer, conheço Sergio e discordo VEEMENTEMENTE - nossa, só agora percebi quantos Es existem nesta palavra! Acho que deve ser a palavra com mais Es no mundo!
    Mas enfim, nem todo mundo é gay e é claro que existe um homem maravilhoso no mundo para mim! Prontofalei!
    Milhões de bjks!

    San

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  5. bom, agora estamos esperando sua próxima companheira de quarto! E que dessa vez seja alguém muito comunicativa pra vocês virarem várias noites rindo muuuuito!!!
    Bjos!!

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  6. A turca se foooooi!!! Sem sequer saber que ela foi "blogada", pelo menos vc pode dizer que existe um misterio na sua vida. hahahhah
    amo-lhe!

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  7. Mas como vc escreve bem...
    Eu tava toda ansiosa pra saber que fim levou a turca e agora nem vc sabe mais da turca...
    Mais um grande mistério da humanidade...
    Aposto que no terceiro dia ela voltará...
    Vamos ver...
    ;-)

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  8. Bom... nem todo mundo é gay. Por exemplo, a turca é sapatão.
    E antes que alguém me acuse de ser radical, eu não sou contra a heterossexualidade, só não acredito... acho o mundo bissex.
    Mas sim, já tô pensando no(a) proximo(a) companheiro (a) da Cyn. :) Se tiver pinto é meu.
    Sérgio!
    PS: Amor, meu médico vem me ver em Abril. To com o cú coçando! Digo, to super ancioso. ;)

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  9. Ahhhhh não creio q a turca se foi sem um dia de imagem e ação! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.....
    Bjs, Fê

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  10. Amiga...........e os mistériossssss.....e estamos curiosos para saber quem será a nova companheira de quarto.....
    eita saudadessssss

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