terça-feira, 8 de novembro de 2011

:: Para sempre ::




Tem dias que de tão bonito são a cara da Nara Gisele.
Tem dias que só não são a cara dela porque são blauens.
Se o sorvete for de abacaxi vem com o nome dela dentro.
E se for pra cair, tem que ser de felicidade no supermercado.

Já os abraços só são dela quando são apertados.
O valor dela é alto demais, mas para mim ela faz um desconto.
Ao lado dela me sinto em casa, tiro o sapato e pronto.
Em todas tentativas sofridas de correr, a imagem dela me incentiva.
Vejo-a também toda vez que me sorri alguma demão de tinta.
Minhas séries de domingo contam com parte dela no sofá.
Mesmo quando o filme é ruim ela assiste só para me agradar.
Ela tem brilho de estrela quando canta.
E cheiro de coisa boa, por isso encanta.
Era o brinquedo que eu não largava.
A parte de mim que eu mais gostava.
Toda coreografia tem os passos ensaiados da Preta.
E muitas melodias têm os acordes de sua voz.
Quando a alegria é espontânea ela aparece em minha frete.
Quando a tristeza é bonita ela se esconde em mim.
Gosto tanto dela que nem sei por onde começar.
Ela faz tanta falta que nem sei quando vai acabar.
Em toda risada tem um pouquinho dela.
Em toda saudade tem muito dela.
Minhas melhores histórias não existiriam sem a sua presença.
E as ruins, são piores porque ela não estava junto.
Ela anda de bicicleta em meu coração.
E de mãos dadas em minha vida!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

:: Pessoas ::





Sem dúvida uma das maiores lições que aprendo desse lado do oceano é sobre a arte de me relacionar com as pessoas. Aqui o tempo é intenso e rápido. Nesse cenário, as relações são mais fortes e exigem desenvoltura. E isso acontece em ciclos: de 6 em 6 meses tudo se renova. A cada semestre novas pessoas aparecem e com elas novas histórias, novas experiências, novas personalidades e novas chances de colocar tudo em prática.

Adoro conversar e conhecer a fundo o ser humano. A superficialidade me incomoda, gosto mesmo é de saber o que mora no íntimo e nunca é revelado. Respeitar o outro foi o primeiro aprendizado. Respeitar o tempo do outro foi o segundo. Lidar com pessoas muito diferentes nem sempre é fácil, mas é sempre muito encantador. Compreender o espaço e as vontades alheias, mesmo quando a sua própria individualidade não está sendo compreendida, é um desafio diário. Com isso exercito cada vez mais o poder da paciência, compaixão e sensibilidade. Tem dias que é uma delícia, com gosto de chocolate, mas tem dias que fico com azia e a digestão é lenta.

Acho incrível a pluralidade cultural que me rodeia. Sobretudo é sempre tempo de aprender. Mas como disse: aqui o tempo é outro, vivo um mês em apenas uma semana. Muita coisa acontece em espaços curtos de tempo. Me sinto em uma montanha russa de emoções e situações, na espera do próximo frio na barriga. Fazer-se presente sem sufocar é uma elegância sutil para poucos. Confesso que acho fascinante brincar com essa análise comportamental das pessoas que convivo. Tentando perceber o outro, muitas vezes me vejo no espelho. E a cada pessoa que conheço, me convenço de que realmente somos todos iguais em tempos diferentes.