quinta-feira, 3 de novembro de 2011

:: Pessoas ::





Sem dúvida uma das maiores lições que aprendo desse lado do oceano é sobre a arte de me relacionar com as pessoas. Aqui o tempo é intenso e rápido. Nesse cenário, as relações são mais fortes e exigem desenvoltura. E isso acontece em ciclos: de 6 em 6 meses tudo se renova. A cada semestre novas pessoas aparecem e com elas novas histórias, novas experiências, novas personalidades e novas chances de colocar tudo em prática.

Adoro conversar e conhecer a fundo o ser humano. A superficialidade me incomoda, gosto mesmo é de saber o que mora no íntimo e nunca é revelado. Respeitar o outro foi o primeiro aprendizado. Respeitar o tempo do outro foi o segundo. Lidar com pessoas muito diferentes nem sempre é fácil, mas é sempre muito encantador. Compreender o espaço e as vontades alheias, mesmo quando a sua própria individualidade não está sendo compreendida, é um desafio diário. Com isso exercito cada vez mais o poder da paciência, compaixão e sensibilidade. Tem dias que é uma delícia, com gosto de chocolate, mas tem dias que fico com azia e a digestão é lenta.

Acho incrível a pluralidade cultural que me rodeia. Sobretudo é sempre tempo de aprender. Mas como disse: aqui o tempo é outro, vivo um mês em apenas uma semana. Muita coisa acontece em espaços curtos de tempo. Me sinto em uma montanha russa de emoções e situações, na espera do próximo frio na barriga. Fazer-se presente sem sufocar é uma elegância sutil para poucos. Confesso que acho fascinante brincar com essa análise comportamental das pessoas que convivo. Tentando perceber o outro, muitas vezes me vejo no espelho. E a cada pessoa que conheço, me convenço de que realmente somos todos iguais em tempos diferentes.

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