sábado, 9 de agosto de 2014

:: Coimbra ::




Passei tanto tempo desse lado da vida que tem dias que é difícil lembrar de como era antes, de como EU era antes. O esforço é grande, e ainda assim, muitas vezes a tentativa é em vão.
Cheguei, como a maioria: com o deslumbramento de turista, ar poético, ouvidos atentos e um olhar de romance, como quem olha tudo pela primeira vez.
Hoje vou embora, como moradora: com uma irritação de residente, insatisfação do repetitivo,  com desejo de novidade e um suspiro profundo.

O blog que começou contanto histórias pontuais locais, hoje conta mais uma percepção geral de mim mesma. Eu que pedia ajuda com os trajetos turísticos, hoje dou explicações históricas feito guia. Os cenários a serem desbravados foram mudando, e hoje percebo que a cada dia fui tomando posse e tornando residente de mim mesma.

Deixar a Terra do Nunca é mesmo assim, acordar de um sonho lindo e ter que voltar para a casa.

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