terça-feira, 2 de março de 2010

:: Vinho do Porto ::



Em Porto fui à Cave Sandeman [foto]. Já conhecia a fama dos Vinhos do Douro. Mas o conhecimento não passava dessa fama, rs. Sem saber o que esperar fui entusiasmada à visita guiada. A marca propõem um certo mistério, seguido a risca em todo percurso.
Como uma boa ansiosa que sou, era a primeira da fila e fiquei bem na frente em todas as explicações. A guia usava um sombreiro [espanhol] e uma capa [portuguesa] igual a logo da marca.
Fizemos muitas paradas para várias explicações. Começamos pelo fundador, um Lorde Inglês, com espirito empreendedor. Aprendemos um pouco sobre a evolução, ao longo dos anos, do próprio vinho e porque os oriundos da região do Douro eram diferenciado. Entendemos depois sobre as diferenças entre os tipos de envelhecimento, tipos de armazenamento, colheita, fermentação, misturas, uvas. Descobrimos curiosidades e acontecimentos especificos daquela cave. Por fim assistimos a um filme que nos deixou ainda com mais água na boca, pela ênfase dada aos sabores e aroma que iriamos apreciar na degustação que viria a seguir.

Sabe criança em fábrica de chocolate? Era exatamente assim que estava me sentindo. Querendo levar todos os bombons pra casa e me lambusar naquela mar de desobertas. Já fazia planos para comprar todas as garrafas da loja, me sentia apaixonada por vinhos, pela marca, pela logo, pela história, por tudo.
Diante das taças, meus olhos brilhavam. Dei o primeiro gole com a boca cheia de vontade, toda animada. Animação que durou menos de meio segundo. Como quem acorda de um sonho,  me lembrei que era real o meu desgosto pelas bebidas alcóolicas. Nesse momento me sentia sem glamour algum, sem dignidade, sem sobrenome. Era tão chique presenciar a mesa dos franceses, tamanha naturalidade e domínio com a apreciação das bebidas.  Sai do facínio para a martírio. Cofesso que foi quase desesperador ter  que beber o conteúdo [que nem era muito] das taças e os seus 22% de águardente vinílica. Mas por honra à aquela elegante sensação europeia, refinamento quase ináto, que todo aquele ambiente proporcionava, de me sentir super "bem nasida",  bebi tudo. Como um boa menina.

Sobre a vontade de comprar todas as garrafas, achei mais sensato, depois de ficar: quente, tonta, vermelha e suando, procurar um bom chocolate quente pra gastar o meu dinheiro.

2 comentários:

  1. Ahahahaha... pobre é uma desgraça mesmo! Eu tb não entendo nada de vinhos.
    Bjo,
    Aninha (da Fê)

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  2. aMIGA, VC É UMA FIGURA!!!!! É BOM DEMAIS SABER NOTÍCIAS SUAS E SE ACABAR COM ELAS DE TANTO RIR. TE AMOOOO...

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